23 de outubro de 2010

Boa caminhada inicial de Beth rumo ao samba

Resenha de caixa de CDs
Título: Primeiras Andanças - Os 10 Primeiros Anos
Artista: Beth Carvalho
Gravadora: Discobertas
Cotação: * * * * *

Embora já frequentasse rodas de samba desde o início dos anos 60 e já gravasse discos desde 1965,  Beth Carvalho somente começou a marcar - de fato - sua identidade no mundo do samba a partir do lançamento de seu segundo álbum, Canto por um Novo Dia (1973). Antes, a cantora carioca transitou pelos redutos elitistas da Bossa Nova e pelo universo nacionalista dos festivais da canção. Tais passos iniciais são minuciosamente reconstituídos pelo produtor e pesquisador musical Marcelo Fróes na essencial caixa Primeiras Andanças - Os 10 Primeiros Anos, que embala duas coletâneas - com 29 gravações avulsas dessa digna caminhada seminal de Beth - e os três seminais álbuns de samba lançados por Beth na extinta gravadora Tapecar entre 1973 e 1975. Por mais que boa parte desses fonogramas já tivesse sido editado de forma dispersa nas compilações da artista produzidas pela major EMI Music, eles nunca tinham sido documentados e contextualizados como no box produzido por Fróes para seu selo Discobertas. Cada coletânea traz um texto - escrito a partir de entrevistas feitas com Beth pelo pesquisador - que permite que o ouvinte entenda, por exemplo, como a cantora chegou a gravar, em 1965, um compacto bossa-novista para a RCA com arranjos de Eumir Deodato para as músicas Namorinho (Mário de Castro e Athayde) e Por Quem Morreu de Amor (Roberto Menescal e Roberto Bôscoli). Entre as raridades de Primeiras Andanças - Vol. 1 (Anos 60), figuram os dois duetos feitos por Beth com o cantor Agostinho dos Santos (1932 - 1973) para um LP de Santos, Música Nossa, editado em 1967 pela extinta gravadora Codil. Há também a primeira das bissextas incursões de Beth no terreno da composição, Guerra de um Poeta, uma parceria com Paulinho Tapajós, gravada no já raro LP III Festival Internacional da Canção Vol. 1, de 1968. Por sua vez, Primeiras Andanças - Vol. 2 (Anos 70) começa a traçar o envolvimento crescente de Beth com o mundo do samba carioca - embora ainda traga alguns fonogramas ligados ao universo da MPB propagada nos festivais dos anos 60, caso de Geração 70, tema de Taiguara, gravada pela cantora com o compositor ao piano. Uma das raridades é Essa Passou, única parceria de Chico Buarque com Carlos Lyra, dada de presente a Beth pelo próprio Chico para compacto gravado com o grupo Som Três em 1971 - ano em que Clara Nunes (1942 - 1983) ascende como sambista na  Odeon (em imagem arquitetada pelo produtor e radialista Adelzon Alves), fechando involuntariamente o caminho de Beth na gravadora, da qual a cantora se despede com a gravação do samba-enredo Rio Grande do Sul na Festa do Preto Forro, alocado em compacto editado em 1972. Por já ter Clara despontando como sambista, a Odeon recusa a proposta de Beth de gravar um LP de samba - com o qual a artista já estava totalmente envolvida. Beth parte então para a já extinta Tapecar, a gravadora nacional fundada pelo espanhol Manuel Camero, o Manolo, figura fundamental na indústria fonográfica dos anos 70 e 80. Nessa pequena companhia, que também abrigaria Elza Soares entre 1974 e 1977, Beth gravou os álbuns Canto por um Novo Dia (1973), Pra seu Governo (1974) e Pandeiro e Viola (1975). Embora já tivessem sido relançados em formato digital, os três álbuns - que sedimentaram a opção da cantora pelo samba - ganham na caixa reedições definitivas, com som remasterizado, a reprodução da arte gráfica original e textos que contextualizam a feitura de cada disco. Ainda que voltado para o samba, Canto por um Novo Dia não é um trabalho típico do gênero por conta dos arranjos do pianista César Camargo Mariano. O destaque do repertório é Folhas Secas, o samba de Nelson Cavaquinho (1911 - 1986) e Guilherme de Brito (1922 - 2006), dado por Nelson a Beth, mas gravado à revelia da sambista por Elis Regina (1945 - 1982), que ouviu Folhas Secas por intermédio de Mariano (a atitude da Pimentinha causou um mal-estar - nunca superado - com Beth). Na sequência, Pra seu Governo - arranjado por Paulo Moura e Orlando Silveira - ambienta enfim Beth no mundo do samba mais tradicional. O sucesso nacional de 1800 Colinas (Gracia do Salgueiro) deu projeção a um disco que irmanava no repertório bons sambas como Maior É Deus (Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro). Detalhe luxuoso: Nelson Cavaquinho toca violão em Miragem, sua pouco conhecida  parceria com Guilherme de Brito, gravada por Beth com arranjo que remete ao som dos antigos conjuntos regionais (Cavaquinho e Brito assinam também no disco Falência, outro título obscuro da nobre parceria). Por fim, Pandeiro e Viola encerra com brilho a trilogia de Beth Carvalho na Tapecar. Sob a direção musical de Ed Lincoln, um dos reis dos bailes nos anos 60,  Beth gravou sambas de Ivone Lara (Amor sem Esperança, uma das primeiras parcerias da dama imperial com Délcio Carvalho), Noel Rosa (Onde Está a Honestidade?), Gracia do Salgueiro (Pandeiro e Viola, tema que deu título ao álbum) e Martinho da Vila (Enamorada do Sambão, o hit radiofônico do disco). A atual  reedição de Pandeiro e Viola incorpora, como faixas-bônus, Alegria (Quincas e Claudemiro) e Pesquisa (Geraldo Neves), sobras do álbum, lançadas pela Tapecar em coletânea de 1977, ano em que Beth - então contratada desde 1976 pela RCA, na qual ficaria até 1987 - já vivia o início de seu auge artístico e comercial, se tornando (legítima) garantia de qualidade no samba.

Primeiro álbum de Djavan é reeditado em vinil

Nunca reeditado em CD no Brasil com a capa original, o primeiro álbum de Djavan - A Voz, o Violão, a Música de Djavan, lançado em 1976 - volta às lojas em seu formato original de vinil. A reedição integra  luxuosa coleção da Som Livre que inclui  ainda oportunas reedições em LP de Barão Vermelho (1982) e do disco cult do grupo Novos Baianos, Acabou Chorare (1972).

Martin lança 'single' em dueto com Joss Stone

fora do armário, Ricky Martin vai lançar single em 2 de novembro de 2010. Misto de reggae com pop latino, Lo Mejor de mi Vida Eres Tú apresenta um dueto do astro porto-riquenho com a cantora espanhola Natalia Jiménez. A novidade é que a versão em inglês da música - intitulada The Best Thing About me Is You - une a voz de Martin à da cantora inglesa Joss Stone, ligada ao soul.

Leonardo vai de Calcinha Preta em 'Alucinação'

Leonardo vai lançar - ainda neste mês de outubro de 2010 - Alucinação, álbum de estúdio gravado na Universal Music. Com título fornecido pela música de Amado Batista alocada na abertura do CD, Alucinação traz no repertório Arreia Cerveja, tema do cancioneiro populista da banda Calcinha Preta. O CD tem 15 faixas.

22 de outubro de 2010

Flowers celebra Las Vegas no sedutor 'Flamingo'

Resenha de CD
Título: Flamingo
Artista: Brandon Flowers
Gravadora: Island Records / Universal Music
Cotação: * * * 1/2

Primeiro disco solo de Brandon Flowers, Flamingo faz ode a Las Vegas, cidade natal do vocalista do grupo norte-americano The Killers. O título, a propósito, se refere a um cassino da terra do jogo, celebrada já na contagiante faixa de abertura, Wellcome to Fabulous Las Vegas. Em universo distante do som do Killers, mas não muito, Flowers apresenta um álbum eclético, que vai do gospel (gênero evocado pelas vozes do The Las Vegas Mass Choir que engrandecem On the Floor) ao pop sintetizado da década de 80 (Jilted Lovers & Broken Hearts e Was It Something I Said?), passando pelo country e por dueto com a cantora Jenny Lewis (na boa Hard Enough). A qualidade do repertório inédito e autoral - que destaca ainda Only the Young - se revela acima da média. E, como os produtores Stuart Price e Brendan O'Brien parecem ter compreendido bem a natureza megalomaníaca do pop de Flowers nessa investida solo, Flamingo acaba soando (bastante) sedutor.

Maná adia a edição de 'Drama y Luz' para 2011

Previsto para ser editado em dezembro de 2010, o oitavo álbum de estúdio do grupo mexicano Maná, Drama y Luz, teve seu lançamento adiado para o primeiro semestre de 2011 porque ainda não foi finalizado. O quarteto - formado por Fher, Alex, Sergio e Juan - grava desde maio de 2010 o sucessor de Amar Es Combatir (2006) entre Puerto Vallarta (México) e Los Angeles (EUA). A Orquesta Filarmônica de Suzie Katayama figura no disco.

Hebe revive duo com Fábio em registro ao vivo

Um dos mais belos temas de amor da parceria de Tom Jobim com Vinicius de Moraes, Eu Não Existo sem Você - música lançada em 1958 por Elizeth Cardoso (1920 - 1990) no histórico álbum Canção do Amor Demais - vai ser revivida por Hebe Camargo em dueto com Fábio Jr. na gravação ao vivo do primeiro DVD da apresentadora de TV. O registro ao vivo está agendado para 27 de outubro de 2010, em show na casa Credicard Hall, em São Paulo (SP). Detalhe: em 2001, Hebe regravou a música de Tom & Vinicius - em dueto com o próprio Fábio Jr. - em seu CD Como É Grande o meu Amor por Você, lançado pela Universal Music.

Piano de Flach valoriza canto de Virgínia Rosa

Resenha de CD
Título: Voz & Piano
Artista: Virgínia Rosa & Geraldo Flach
Gravadora: Lua Music
Cotação: * * * *

Se o mercado fonográfico não estivesse tão segmentado e tão diluído pela pirataria física e virtual,  a voz límpida de Virgínia Rosa talvez já tivesse a merecida projeção nacional. Seu canto - que lembra o de Ná Ozzetti pela precisão técnica e pelo timbre - é valorizado no quinto CD da cantora paulista, Voz & Piano, gravado em único dia, 15 de agosto de 2009, no estúdio Cia. do Gato em São Paulo (SP), e ora editado pela gravadora Lua Music neste mês de outubro de 2010. Na realidade, trata-se do oportuno registro de estúdio do show de voz e piano feito por Virgínia por acaso em 2005 na Universidade Federal do Rio Grande do Sul com Geraldo Flach (a cantora foi convocada na última hora para substituir Lucinha Lins, impedida de se apresentar por conta de gravação de novela). Já no registro a capella do samba que abre o disco, O Meu Amor Chorou (Luiz Marçal Neto), salta aos ouvidos a elegância do canto da intérprete. Sensação agradável que se prolonga à medida que o disco avança com as regravações de Amor de Índio (Beto Guedes e Ronaldo Bastos), Pressentimento (Hermínio Bello de Carvalho e Elton Medeiros - com citação de O Morro Não Tem Vez e agudos floreios vocais no final) e Qui Nem Jiló (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira). Emoldurada pelo piano preciso de Flach, a voz de Virgínia transforma o baião Kalú (Humberto Teixeira) em um tema camerístico com o mesmo rigor técnico com que saboreia os versos ternos de Dindi (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira). Há músicas como a bela A Flor (Fernando Figueiredo) e Cacilda  (José Miguel Wisnik) que se ajustam com perfeição ao formato de voz e piano, realçando ainda mais a perfeição do canto de Virgínia. Outras, como Maria Maria (Milton Nascimento e Fernando Brant), pedem outros tons na moldura instrumental. Há também no repertório uma dose alta de músicas já gravadas por Virgínia Rosa em sua discografia, iniciada em 1997 com Batuque (Movieplay). É o caso de A Voz do Coração (Celso Fonseca e Ronaldo Bastos), canção que deu título ao segundo álbum da artista, lançado em 2001. Ainda assim, Voz & Piano talvez seja o melhor cartão-de-visitas para quem ainda não ouviu a voz apurada de Virgínia Rosa - joia deste país de cantoras.

21 de outubro de 2010

Rihanna conta com Drake e Eminem em 'Loud'

Nas lojas a partir de 15 de novembro de 2010, o quinto álbum de estúdio de Rihanna, Loud, tem intervenções dos rappers Drake (em What's my Name, faixa já eleita o segundo single, sucedendo Only Girl - In the World) e Eminem (na segunda parte de Love the Way You Lie). O álbum Loud apresenta músicas como Fading, California King Bed, Skin, Mad Down e Complicated, entre outras.

'Bailão' do ruivão Nando Reis sai em CD e DVD

Já estão no forno da gravadora Universal Music o CD e o DVD Bailão do Ruivão, o registro ao vivo do show em que Nando Reis regrava sucessos populares na companhia de sua banda Os Infernais, com intervenções da dupla Zezé Di Camargo & Luciano, da Banda Calypso (Joelma e o guitarrista Chimbinha) e da banda Zafennate. Feita na série MTV ao Vivo, a gravação aconteceu em 10 e 11 de agosto em dois shows no Carioca Club, que, apesar do nome, fica em São Paulo (SP). Eis as músicas do Bailão do Ruivão:
1 - Venus – (Van Leeuweun)
2 - Agora Só Falta Você - (Rita Lee e Luis Sergio Carlini)
3 - Não Me Deixe Nunca Mais - (Rossini Pinto e Solange Correia)
4 - Whisky a Go-Go (Michael Sullivan e Paulo Massadas)
5 - Fogo e Paixão (Rose) / My pledge of love (Joe Stafford Jr.)
6 - I Can See Clearly Now (Johnny Nash)
7 - Islands in the Stream - (Barry, Maurice e Robin Gibb)
8 - Muito Estranho (Claudio Rabello e Dalto)
9 - Could You Be Loved ? (Bob Marley) – com a banda Zafennate
10 - You and I (Rick James)
11 - Bichos Escrotos (Nando Reis, Arnaldo Antunes e Sergio Brito)
12 - Gostava Tanto de Você - (Edson Trindade)
13 -Você Pediu e Eu jáVouDaqui (AntônioMarcos e ZairoMarinozo)–com Zezé Di Camargo & Luciano
14 - Do Seu Lado (Nando Reis) - com Zezé Di Camargo & Luciano
15 - Severina Xique Xique (João Gonçalves e Genival Lacerda)
16 - Você Não Vale Nada (Dorgival Dantas)
17 - Frevo Mulher (Zé Ramalho)
18 - Lindo Balão Azul (Guilherme Arantes)
19 – Chorando se foi (Llorando Se Fue) - com Calypso

Scandurra festeja obra solo com amigos visíveis

Em maio de 2009, Edgard Scandurra celebrou em show no Teatro Fecap, em São Paulo (SP), os 20 anos de sua carreira solo, iniciada em 1989 com a gravação do disco Amigos Invisíveis e desenvolvida, de início, em rota paralela à do Ira! - o grupo do qual Scandurra foi guitarrista até o conturbado fim da banda em 2007. O registro do show está sendo editado no CD e no DVD Edgard Scandurra ao Vivo, vendidos de forma avulsa, com capas diferentes. Na festa dos 20 anos, o guitarrista passou em revista uma ou outra música do Ira! em roteiro que alinhou cover do grupo The Who (Our Love Was), temas do Benzina (o projeto eletrônico do guitarrista) e três inéditas (Não Precisa me Amar, Kaput e A Dança do Soldado). Alguns amigos se fizeram visíveis na gravação ao vivo. Entre eles, Fernanda Takai (solista convidada de Tolices, tema do Ira!), Zélia Duncan (em Abraços e Brigas, outra música do repertório do Ira!) e Guilherme Arantes, ao lado de quem Scandurra revive a balada Meu Mundo e Nada Mais, hit nacional em 1976 ao ser propagada na trilha sonora da primeira versão da novela Anjo Mau. A música é da lavra fina de Arantes.

Santana segue sua fórmula em 'Guitar Heaven'

Resenha de CD
Título: Guitar Heaven
- The Greatest Guitar Classics of All Time
Artista: Santana
Gravadora: Arista / Sony Music
Cotação: * * * 1/2

Desde que o estouro mundial do álbum Supernatural (1999) revitalizou a carreira fonográfica de Carlos Santana, o guitarrista mexicano tem seguido com maior ou menor êxito a fórmula de regravações + solistas convidados. Nesse sentido, o CD Guitar Heaven - The Greatest Guitar Classics of All Time pouco difere de seus antecessores Shaman (2002) e All That I Am (2005). Nem por isso deixa de ser ter seu mérito próprio por conta do virtuosismo do guitarrista e pela força de alguns solistas, em especial India.Aire, convidada de While my Guitar Gentley Weeps (Beatles) ao lado do violoncelista Yo Yo Ma. Há vigor também no encontro de Santana com Scott Weiland - o vocalista do grupo Stone Temple Pilots - para reviver Can't You Hear me Knocking (Rolling Stones), faixa que, em seu final, ganha doses generosas do molho latino que caracteriza o som de Santana. Em Guitar Heaven, o músico até tenta algumas ousadias estilísticas - como convocar o rapper Nas para cantar Back in Black, um dos clássicos do grupo de heavey metal AC/DC - só que, no geral, preserva a estrutura original dos maiores clássicos da guitarra de todos os tempos. De toda forma, como unir rap e rock já é fórmula batida, surpresa mesmo é o encontro de Chester Bennington (o Chasy Chaz do Linkin Parak) com o tecladista Ray Manzarek, do lendário grupo The Doors, para rebobinar Riders on the Storm. Entre generosas passagens instrumentais para que Santana exiba mais uma vez suas habilidades na guitarra, perceptíveis em todas as 12 faixas, Guitar Heaven ainda apresenta a voz rouca de Joe Cocker em Little Wing (Jimi Hendrix). A receita do sucesso fácil é, enfim, repetida num disco que acena para multidões. Não fosse de Santana, Guitar Heaven seria álbum meramente banal. Mas é um disco de Santana. E isso pesa na balança a favor do guitarrista.

20 de outubro de 2010

Álbum triplo de Harrison é relançado em vinil

Obra-prima da discografia solo de George Harrison (1943 - 2001),  o álbum triplo All Things Must Pass - lançado em 27 de novembro de 1970 - vai ser reeditado no formato original de vinil triplo em box de tiragem limitada e numerada que vai estar à venda a partir de 26 de novembro de 2010. A partir de sua master original, o álbum foi remasterizado nos estúdios Abbey Road, em Londres. A luxuosa reedição comemorativa dos 40 anos de All Things Must Pass reproduz a arte gráfica da edição original.

Álbum do U2 sai no primeiro semestre de 2011

Songs of Ascent é o título provisório do 13º álbum de estúdio do grupo U2, gravado nos intervalos da 360º World Tour. O lançamento está previsto para o primeiro semestre de 2011. Boys Fall from the Sky e Every Breaking Wave são duas músicas do sucessor do mediano No Line on the Horizon, álbum de 2009. A novidade é que o quarteto irlandês recrutou Danger Mouse - a metade da dupla Gnarls Barkley - para produzir o esperado disco, finalizado juntamente com um projeto paralelo de pegada clubber.

Shakira lança 'Sale el Sol' entre rap e reggaeton

Um ano após lançar seu terceiro álbum em inglês, o banal She Wolf (2009), a cantora colombiana Shakira se volta para o vasto mercado latino de língua hispânica em álbum, Sale el Sol, predominantemente cantado em espanhol. Disco gravado entre Bahamas, Londres, Barcelona e a República Dominicana, Sale el Sol conecta o pop rock tropical de Shakira a ritmos como o reggaeton e o rap. Astro dominicano de reggaeton, El Cata é o convidado das dançantes faixas Loca e Rabiosa, sendo que ambas as músicas aparecem também em versões em inglês em que figuram o rapper britânico Dizzee Rascal (em Loca) e o rapper cubano Pitbull (em Rabiosa). Já Gordita tem intervenções de Residente, metade da dupla porto-riquenha Calle 13 enquanto a balada Mariposas conta com a guitarra de Gustavo Cerati. Tema da Copa do Mundo da África do Sul, Waka Waka aparece em Sale el Sol tanto em espanhol como em inglês. Contudo, apesar das faixas cantadas em inglês, Sale el Sol é álbum de alma hispânica.

Lenine documenta em disco 12 temas de trilhas

Tema propagado na abertura da novela Passione, para cuja trilha sonora foi composto sob encomenda, Aquilo que Dá no Coração é uma das melhores músicas de Lenine. Mas não consta de nenhum disco oficial do artista justamente por ter sido criada para um projeto alheio. Daí o valor do CD Trilhas, primeiro título da série Lenine.Doc, idealizada pelo compositor pernambucano para documentar sua produção avulsa criada para novelas, especiais de TV, filmes, espetáculos de dança e discos alheios. O CD agrega 12 temas - e poderia ter mais, se levada em conta a omissão de músicas como As Voltas que o Mundo Dá (Lenine e Dudu Falcão), feita para a trilha sonora da novela Ana Raio e Zé Trovão (TV Manchete, 1991) - que atestam a inspiração do autor. Eis a seleção do CD Lenine.Doc - Trilhas - já nas lojas, pela Universal Music:
1. Aquilo que Dá no Coração (Passione, 2010)
2. De Sabugo a Visconde (Sítio do Pica-Pau Amarelo, 2001)
3. Quatro Horizontes (O Diabo a Quatro, 2004)
4. Agora É que São Elas (Agora É que São Elas, 2003)
5. Minha Cidade - Menina dos Olhos do Mar (Globo Nordeste, 2000)
6. A Mula sem Cabeça (CD Lendas Brasileiras, 2005)
7. Não Faz Mal a Ninguém (Sete Pecados, 2007)
8. Como É Bom a Gente Amar (A Pessoa É para o que Nasce, 2005)
9. Sob o Mesmo Céu (O Ano do Brasil na França, 2005)
10. Diversidade (A Terra dos Meninos Pelados, 2003)
11. Violenta (Breu, 2008)
12. Alpinista Social (Lua Cheia de Amor, 1990)

19 de outubro de 2010

Wanderléa lança o DVD 'Nova Estação ao Vivo'

Dois anos depois do lançamento de Nova Estação (2008), o belo CD em que Wanderléa procurou sintonizar outros sons fora do universo da Jovem Guarda, a Ternurinha apresenta pela Lua Music o DVD Nova Estação ao Vivo, que rebobina o repertório do disco em gravação feita em show apresentado pela cantora no Teatro Fecap, em São Paulo (SP), em 28 de junho de 2009. Produzido por Lalo Califórnia e Thiago Marques Luiz, o DVD foi gravado com intervenções de Arnaldo Antunes (em Se Tudo Pode Acontecer), Ubaldo Versolato (clarinete em Mil Perdões) e do grupo Ó do Borogodó (em Uva de Caminhão, Choro Chorão e em Brasileirinho). Infelizmente, o samba-rock Krioula (de Hélio Matheus) - incluído no roteiro original do show (clique aqui para ler a resenha) - não faz parte do repertório perpetuado nesse DVD.

CD duplo ao vivo de Bethânia sai em novembro

Assim como o show anterior de Maria Bethânia, Dentro do Mar Tem Rio (2006), o atual Amor Festa Devoção ganha registro ao vivo integral em CD duplo que vai estar nas lojas a partir de 5 de novembro de 2010. A gravação do espetáculo baseado nos álbuns Encanteria (2009) e Tua (2009) foi feita em março na casa Vivo Rio, no Rio de Janeiro (RJ). Pouco depois, na sequência do lançamento do CD Amor Festa Devoção ao Vivo, estão previstas as edições do registro em DVD e em blu-ray (o primeiro da gravadora Biscoito Fino). Eis as 36 faixas do CD duplo ao vivo:
Disco 1
1. Santa Bárbara
2. Rosa dos Ventos (vinheta) / Vida
3. Olho de Lince (texto)
4. Feita na Bahia
5. Coroa do Mar
6. Encanteria
7. Linha de Cabloco
8. É o Amor Outra Vez
9. Tua
10. Fonte
11. Explode Coração
12. Queixa
13. Você Perdeu
14. Dama do Casino
15. Até o Fim
16. Serenata do Adeus
17. Balada de Gisberta
18. Pot-pourri instrumental: Zanzibar / Seará / Lia de Itamaracá /
Desenredo / Santo Antônio / Fica Mal com Deus
Disco 2
1. Não Identificado
2. Curare
3. Estrela
4. Serra da Boa Esperança
5. Doce Viola
6. Guriatã
7. Pescaria
8. Pot-pourri: Saudade Dela / Ê Senhora / Batatinha Rôxa (citação) /
A Mão do Amor
9. Saudade
10. É o Amor / Vai Dar Namoro (citação)
11. O Nunca Mais
12. Andorinha
13. Bom Dia
14. Bandeira Branca
15. Domingo / Pronta Pra Cantar
16. O que É o que É
17. Encanteria
18. Reconvexo

NX Zero divulga a capa de seu 'Projeto Paralelo'

O NX Zero divulgou pela internet a capa de Projeto Paralelo, o CD que o grupo vai lançar em 1º de novembro de 2010. O disco conta com intervenções de 22 rappers - alguns captados entre Estados Unidos e Inglaterra - em repertório que apresenta quatro inéditas entre as regravações de sucessos da banda de Di Ferrero.

Selo Discobertas vai reeditar seis discos de Elza

Um dos dois títulos da discografia de Elza Soares que permanecem inéditos em formato digital (o outro é o obscuro álbum Senhora da Terra, lançado pela CBS em 1979), Somos Todos Iguais (Som Livre, 1985) ganha sua primeira reedição em CD dentro de série produzida por Marcelo Fróes para seu selo Discobertas. É o disco em que, entre sambas de Jorge Aragão e Martinho da Vila, Elza canta Cazuza (1958 - 1990) - Milagres, parceria com Frejat - e faz dueto com Caetano Veloso em versão em português de Sophisticated Lady (Duke Ellington) assinada por Augusto de Campos. Voltam ao catálogo com Somos Todos Iguais, em reedições avulsas, os quatro álbuns que a cantora gravou para a extinta gravadora Tapecar entre 1974 e 1977 - Elza Soares (1974), Nos Braços do Samba (1975), Lição de Vida (1976) e Pilão + Raça = Elza (1977) - e Voltei, editado em 1988 pela (também extinta) RGESó que estes cinco discos já tinham sido  relançados na caixa Negra - editada pela EMI Music em 2003, sob produção do próprio Marcelo Fróes - no formato dois em um

18 de outubro de 2010

Lojistas dos EUA rejeitam capa de Kanye West

Importantes redes de lojas de discos dos Estados Unidos, como a Wal-Mart, rejeitaram a capa do quinto álbum de estúdio do rapper Kanye West, My Beautiful Dark Twisted Fantasy, cujo lançamento está programado para 22 de novembro de 2010. “O Nirvana pode expor um ser humano pelado em sua capa, mas eu não posso colocar uma pintura de um monstro sem braços e uma mulher com rabo e asas”, reclamou o controvertido rapper via Twitter, numa alusão à capa do álbum Nevermind, a obra-prima do Nirvana, lançada em 1991. O monstro da capa é Phoenix, o protagonista do curta-metragem Runaway, dirigido pelo artista.

Warner reedita três álbuns (já raros) de Baden

No fim dos anos 70, década em que gravou e lançou uma série de discos no mercado fonográfico estrangeiro, Baden Powell (1937 - 2000) retomou sua discografia brasileira ao ingressar na Warner Music, gravadora por onde editou três álbuns entre 1979 e 1981, todos produzidos por Sérgio Cabral. Já raros, esses três álbuns ganham reedições remasterizadas em CD neste mês de outubro de 2010. Comercializadas de forma avulsa, as boas reedições de O Grande Show Gravado ao Vivo (1979), Nosso Baden (1980) e De Baden para Vinicius (1981) foram produzidas com zelo pelo pesquisador musical Marcelo Fróes. O CD O Grande Show  Gravado ao Vivo traz registro do show Encontro, apresentado pelo violonista no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo (SP), em 18 e 19 de agosto de 1979. O fino roteiro alterna temas instrumentais (Asa Branca, A Lenda do Abaeté, Se Todos Fossem Iguais a Você) com números em que o violonista se aventurou como cantor, em geral músicas da lavra de Baden com Vinicius de Moraes (Canto de Ossanha, Refém da Solidão, Tempo Feliz). Já Nosso Baden - disco gravado pelo músico no estúdio Vice-Versa em São Paulo (SP), de dezembro de 1979 a maio de 1980 - prioriza temas da parceria do violonista com Paulo César Pinheiro (Cai Dentro e os pouco ouvidos Até EuMesa Redonda e Canção das Flores) entre abordagens instrumentais de músicas como Odeon (Ernesto Nazareth e Hubaldo) e Abismo de Rosas (Canhoto). A reedição de Nosso Baden inclui faixa-bônus, A Estrela e a Cruz, tema instrumental de Baden, editado originalmente em compacto encartado no LP (na época, a gravadora promoveu concurso para que letristas criassem versos para o tema e se tornassem parceiros do compositor). Por fim, encerrando a passagem de Baden Powell pela Warner Music, De Baden para Vinicius foi o parcial registro ao vivo do show Nosso Baden, captado ao vivo no Teatro Clara Nunes, no Rio de Janeiro (RJ), entre julho e agosto de 1980, com produção dividida por Sérgio Cabral com Kauê. Trata-se de um disco basicamente cantado em que Baden celebra Vinicius de Moraes (1913 - 1980), revivendo parcerias de ambos e tirando do baú Feitinha pro Poeta, samba que havia composto nos anos 60 com Lula Freire. De Baden para Vinicius foi uma das primeiras homenagens póstumas prestadas em disco ao Poetinha, que saíra de cena em julho de 1980. São três oportunas reedições!!

Pop sentimental de Sanz ganha peso no palco

Resenha de Show
Título: Paraíso Tour
Artista: Alejandro Sanz (em fotos de Rodrigo Amaral)
Local: Citibank Hall (RJ)
Data: 17 de outubro de 2010
Cotação: * * *
Show em cartaz no Credicard Hall - em São Paulo (SP) - em 20 de outubro

O pop sentimental de Alejandro Sanz está longe de merecer o céu, mas a Paraíso Tour do astro espanhol - um dos ícones do pop latino - ganha peso roqueiro em cena, em sintonia com o álbum que a inspirou, Paraíso Express (2009), trabalho em que Sanz flerta com o pop rock. Já no primeiro número do show que chegou ao Rio de Janeiro (RJ) em 17 de outubro de 2010, My Peter Punk, fica nítido o tom eventuamente heavy dos arranjos. Mas o público carioca de Sanz - que reencontrou o artista seis anos depois da apresentação do cantor no mesmo Citibank Hal (RJ) que abrigou a Paraíso Tour na noite de domingo - pareceu menos interessado no som do que no cantor, cuja estampa de galã ainda mobiliza o público feminino e parte da tribo GLS. Contudo, o coro kitsch que adornou músicas como Viviendo Deprisa - a terceira do roteiro carioca, apresentada após Lo que Fui Es lo que Soy - deixou nitído logo no início do show que toda a força do aparato instrumental não encobre a natureza adocicada do pop convencional de Sanz. O cantor é simpático, o show tem pegada e o simples revival do hit Corazón Partío - alocado já no quinto número do coeso roteiro e temperado com molho de salsa no alongado final - seria suficiente para incendiar a plateia por conta do refrão sedutor. Mas o que se viu e ouviu em cena foi um punhado de baladas, como Cuando Nadie me Ve, turbinadas com sonoridade heavy típica de bandas de rock. Aparato quase sempre dispensável, pois uma canção levada com violões, caso de Yo Hice Llorar Hasta a Los Angeles, parece surtir até mais efeito em público habituado a sons mais amenos. Entre dueto harmonioso com Daniela Mercury (em Desde Cuando, canção de refrão ganchudo lançada por Sanz no álbum Paraíso Express) e uma série de baladas tristonhas comuns no pop romântico latino (casos de Quisiera SerLola Soledad), Sanz flertou com o pop reggae em Mala, reviveu seu hit No Es Lo Mismo, convocou uma das duas vocalistas para defender a parte de Alicia Keys em Looking for Paradise e surpreendeu mesmo no bis quando, sozinho ao piano, cantou Sozinho (o hit de Peninha lançado por Sandra de Sá em 1996 e regravado com retumbante sucesso por Caetano Veloso dois anos depois) num português bem desenvolto. No fim, um medley juntou temas como Mi Soledad y Yo, Amiga Mía e Y si Fuera Ella, deixando a sensação de que o simpático Sanz cumpriu bem a missão de entreter as fãs cariocas.

Sanz revive dueto com Daniela em show no Rio

Em 2004, ao fazer numa arena da Espanha o registro ao vivo da turnê internacional baseada no álbum No Es lo Mismo (2003), Alejandro Sanz recebeu Daniela Mercury para um dueto na canção He Sido Tan Feliz Contigo, de sua própria autoria. Perpetuado no DVD En Concierto - Gira No Es lo Mismo 2004, o encontro da cantora baiana com o astro espanhol foi revivido no show que marcou a volta de Sanz aos palcos cariocas, na noite de domingo, 17 de outubro de 2010. Daniela e Sanz - vistos acima em foto de Rodrigo Amaral - cantaram a recente balada Desde Cuando após as convencionais troca de confetes. Pouco divulgada, a calorosa participação de Daniela surpreendeu o público que encheu a casa Citibank Hall, no Rio de Janeiro (RJ), para conferir a apresentação carioca da Paraíso Tour, que chega a São Paulo (SP) na terça-feira, 19 de outubro - na casa Credicard Hall, com participação de Ivete Sangalo - antes de partir para mais países da América do Sul.

17 de outubro de 2010

iTunes vende faixa feita por Brown para Groban

Já está disponível para download no iTunes a faixa que Carlinhos Brown produziu para o novo álbum do tenor Josh Groban, Illuminations, que vai chegar às lojas dos EUA a partir de 15 de novembro de 2010. A música se chama Você Existe em mim e é uma parceria de Brown com Groban com Lester Mendez. A faixa foi produzida por Brown no seu estúdio Ilha dos Sapos, em Salvador (BA), com a participação da banda feminina de percussão Didá (vista com o tribalista em foto de Ricardo Prado).

Dois grandes cantores levam 'Papo de Passarim'

Resenha de CD
Título: Papo de Passarim
Artistas: Zé Renato e Renato Braz
Gravadora: Tratore (distribuição)
Cotação: * * * * 1/2

Resultado de convite do Canal Brasil para que Zé Renato e Renato Braz unissem suas vozes e violões na gravação de um especial para o canal de TV (captado ao vivo em maio de 2010 em show no Teatro Fecap, em São Paulo), o CD Papo de Passarim junta dois expressivos cantores que, em maior ou menor grau, conseguiram se fazer ouvir no país das cantoras. Gravado com a adesão de Sizão Machado no contrabaixo, o disco apresenta harmoniosa cantoria que irmana vários sotaques do Brasil com direito a escalas em Cuba para a interpretação da tristonha Adiós Felicidad - canção de Ela O'Farrill propagada em vozes como as de Omara Portuondo e do saudoso cantor e pianista Bola de Nieve (1911 - 1971) - e para o registro instrumental da Canção Cubana (Zé Renato), alocada como faixa-bônus. Afinadíssimas, de uma precisão técnica que nunca anula o sentimento contido nas músicas, as vozes dos Renatos realçam tanto a nostalgia ruralista de A Saudade Mata a Gente (João de Barro e Antonio Almeida) quanto a melancolia funda de Desenredo, tema de Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro que evoca as Minas Gerais com sensível citação d'O Trenzinho do Caipira (Villa-Lobos e Ferreira Gullar). Entre luminoso grande samba de Wilson das Neves com o mesmo Paulo César Pinheiro (Um Novo Amor Chegou) e abordagem terna de A Hora e a Vez (Zé Renato, Claudio Nucci e Ronaldo Bastos), os canários levam bem o Papo de Passarim do título - uma parceria de Zé com Xico Chaves que remete ao bucólico universo jobiniano - e entram na roda baiana da Capoeira de Arnaldo, armada pelo paulista Paulo Vanzolini, após mergulhar com comedidos falsetes no belo Rio Amazonas dos recorrentes Dori e Paulo César Pinheiro. Pontuado por duas parcerias de Zé Renato com Milton Nascimento, Ponto de Encontro e Anima, Papo de Passarim é primoroso disco que reitera a maestria dos dois grandes cantores, jogando luz sobre a voz (ainda) pouco ouvida de Renato Braz. Há cantores neste país!!!

'Hits Collection 1', de Jay-Z, sai em novembro

Um dos mais influentes rappers dos Estados Unidos, Jay-Z vai lançar a coletânea The Hits Collection - Volume One, nas lojas a partir de 22 de novembro de 2010. A compilação vai ser lançada no formato de CD simples e numa Deluxe Edition que traz um segundo disco, embalado também na Collector's Edition Box ao lado de dois livros. Eis o repertório da nova coletânea de Jay-Z:
Disco:
1. Public Service Announcement (Interlude)
2. Run This Town (com Rihanna & Kanye West)
3. '03 Bonnie & Clyde (com Beyoncé)
4. Encore
5. I Just Wanna Love U (Give It 2 Me)
6. Izzo (H.O.V.A.)
7. D.O.A. (Death of Auto-Tune)
8. 99 Problems
9. Empire State of Mind (com Alicia Keys)
10. Dirt Off Your Shoulder
11. Hard Knock Life (Ghetto Anthem)
12. Show me What You Got
13. Roc Boys (And the Winner Is)
14. Big Pimpin'

Disco: 2
1. Young Gifted and Black
2. Pump It Up (Freestyle)
3. My President Is Black (Remix)
4. Go Hard Remix (Jay-Z, Kanye West & T-Pain)
5. Most Kings (com Green Lantern)

Maroon 5 faz pop dançante em 'Hands All Over'

Resenha de CD
Título: Hands All Over
Artista: Maroon 5
Gravadora: AM Records
/ Universal Music
Cotação: * * *

Como o bom single Misery já sinalizara, o grupo Maroon 5 continua (radicalmente) pop em Hands All Over, médio terceiro álbum desse quinteto norte-americano, produzido com eficiência por Robert John Mutt Lange. Nem o rock funkeado e supostamente pesado que dá nome ao disco desvia a banda da trilha pop dançante seguida por temas como Stutter, que parecem  vocacionados para as paradas. Entre música que evoca a batida da disco music dos anos 70 (Give a Little More) e pop country (Out of Goodbyes, faixa em que o grupo Lady Antebellum se une ao quinteto do cantor Adam Levine), Hands All Over apresenta uma série de hits em potencial que não eleva o status do Maroon, projetado em 2002 com o álbum Songs About Jane. No fim, um registro acústico de Crazy Little Thing Called Love - sucesso do Queen em 1979, rebobinado com brilho pelo Maroon 5 em clima retrô que remete ao rockabilly dos anos 50 - deixa no ar a sensação de que falta alma ao grupo, algo verdadeiro em seu som.